sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Arte em Itaquera

O bairro de Itaquera, na zona leste da capital paulista, agora tem apresentação de circo e show grátis. Neste final de semana, a região vai contar com duas atrações artísticas: a primeira é o show do Nicolas Krassik Trio, que acontece amanhã, dia 25/09, às 14 horas, no Parque do Carmo; a outra é o espetáculo circense "O Elefantinho que Caiu do Rabo do Cometa", mais voltado para o público infantil, que aconte no domingo, dia 26/09, às 15 horas, no Parque Raul Seixas.

As apresentações fazem parte do Projeto Cultura nos Parques, que tem como objetivo levar teatro, dança, música e circo para parques da periferia. O Projeto teve início no ano passado com a iniciativa da Cooperativa Paulista de Teatro. Neste ano, as atrações começaram em setembro, e vão até o dia 28 de novembro.

O Parque do Carmo fica na Av. Afonso de Sampaio e Souza, 951, e o Parque Raul Seixas na R. Murmúrios da Tarde, 211. Ambos em Itaquera. A censura é livre e a entrada é franca.

domingo, 19 de setembro de 2010

Participação política

Estamos a poucos dias das eleições e o que venho percebendo é que boa parte da população alimenta um certo sentimento de desprezo por essa que chamamos de a ''grande festa da democracia". As pessoas estão descontentes com tudo e não acreditam que a vida de sua comunidade pode mudar dependendo do candidato que elas elegem.

Cada vez mais, a ideia de que "o meu voto não vai mudar nada" se firma na cabeça das pessoas, das mais humildes até aquelas com um grau de instrução maior. Existe uma certa revolta com a política, onde o conceito da palavra se resume, basicamente, no fato de não haver "nenhum político que preste".

As pessoas acabam indo às urnas por pura obrigação. Muitas delas, usam o seu poder de voto para "brincar", fazendo pouco caso das eleições e votando nas chamadas "figurinhas", como uma forma de protesto ou, simplesmente, de puro descaso.

Me pergunto até quando vai ser assim. Até quando a participação do brasileiro na política vai se resumir a um voto obrigatório. Não era assim que a democracia devia ser. Queria muito ver pessoas interessadas na política e, principalmente, pessoas que acreditem que sim, é possível mudar.

Não consigo entender por que as pessoas perderam as esperanças e simplesmente cruzaram os braços. Foram os já inúmeros escândalos políticos que já surgiram? Eles são assim tão suficientes para fazer as pessoas desistirem de buscar um país melhor? Será que realmente é melhor ficar do lado de fora só reclamando? Por que não participar, procurar entender, buscar informações e, até mesmo, interagir com os candidatos? A internet hoje possibilita isso.

Sou jovem, me interesso por política e ainda tenho esperanças. Você pode dizer que é porque sou nova, mas eu já conheci gente mais velha, como o pessoal do Movimento Voto Consciente, que ainda luta por um país melhor. Você pode fazer parte desse time, ou pode também, em um almoço com seus filhos, alimentar essa cultura de desinteresse pela política, e ver mais tarde uma legião de brasileiros descontentes. A escolha é sua.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Eleições 2010

Dez ministros do presidente Lula se despedem hoje do governo para concorrer às eleições. Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, Reinhold Stephanes, (Agricultura), Dilma Rousseff (Casa Civil), Hélio Costa (Comunicações), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Edson Santos (Igualdade Racial), Geddel Vieira Lima (Ingregração Nacional), Carlos Minc (Meio Ambiente), Edson Lobão (Minas e Energia), José Pimentel (Previdência Social) e Alfredo Nascimento (Trasnportes) deixam seus cargos.

Entre os que vão disputar governos estaduais estão Hélio Costa (Governo de Minas), Patrus Ananias (Governo de Minas), Geddel Vieira Lima (Governo da Bahia) e Alfredo Nascimento (Governo do Amazonas). O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, cotado para deixar a presidência do BC para ser vice na candidatura de Dilma à presidência, deve permanecer no cargo.

Acho que ''nunca antes na história desse país'' tantos ministros saíram do governo para disputar eleições. Espera-se que o impacto dessas mudanças não seja grande. A maior parte dos novos ocupantes dos ministérios tem um perfil mais técnico, além de já ocuparem cargos nas pastas. Mas na prática, o que isso vai representar? Ainda temos 9 meses de mandato.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Disputa pelo Planalto

A corrida presidêncial desse ano promete. É uma Dilma Rousseff que tenta transparecer um carisma que não faz parte de sua personalidade, mas que pode ajudá-la a ganhar alguns votos do eleitorado de Lula. É um José Serra que teme que a cassação do prefeito Kassab - agora suspensa - interfira na sua campanha rumo ao Planalto. E há ainda um deputado federal da base aliada do governo que insiste em ser candidatar à Presidência, mesmo contrariando a estratégia do Planalto de lançá-lo candidato ao governo paulista.

Em reunião com dirigentes e líderes dos partidos aliados da última quarta-feira, 24 de feveiro, o deputado federal Ciro Gomes(PSB) confirmou o seu interesse em sair candidato à Presidência da República, embora não tenha se negado a um acordo em torno de sua candidatura ao governo de São Paulo.

De acordo com pesquisa divulgada na primeira semana de feveiro da CNT/Sensus, caso decida disputar o Palácio do Planalto, o deputado aparece em terceiro lugar nas intenções de voto. Em primeiro, está o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), seguido pela ministra da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), que ocupa a segunda posição.

Segundo a pesquisa, a candidatura de Ciro Gomes chega a ser favorável a da Dilma Roussef, já que com ele no cénário da disputa, a petista encosta no candidato da oposição e líder das pesquisas, José Serra.

Ainda na corrida rumo ao Planalto, há a senadora Marina Silva (PV), que apesar de ter ficado em quarto lugar, registrou um crescimento e passou de 8,1% para 9,5% das intenções de voto.

Apesar de restarem alguns meses para as eleições, o debate sobre as escolhas dos novos dirigentes políticos já está a todo vapor, em especial no que se refere à sucessão presidencial. Que os debates prossigam e que a população possa ter um olhar crítico e saiba escolher seus candidatos, é o que se espera.

domingo, 31 de janeiro de 2010

O veto do presidente

Essa última semana de janeiro contou com uma decisão no mínimo revoltante para o povo brasileiro. O presidente Lula resolveu contrariar o Tribunal de Contas da União (TCU) e liberou verba de aproximadamente R$ 13,1 bilhões a quatros obras da Petrobrás que estavam paralisadas por indícios de irregularidades graves apontadas pelo TCU.

O órgão havia recomendado a paralisação dos quatro empreendimentos pela suspeita de falhas nos projetos, falta de detalhamentos dos gastos e preços superiores aos de mercado. Lula, no entanto, vetou a lei orçamentária que determinava a paralisação das obras.

Os quatro empreendimentos em questão são a refinaria Abreu e Lima (PE), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, a modernização da refinaria Presidente Getúlio Vargas (PR) e o terminal de Barra do Riacho (ES), que já geraram muitos gastos à União.

Não é a primeira vez que Lula libera verba para obras consideradas irregulares e, embora o presidente tenha justificado sua decisão afirmando que a paralisação das obras gera um prejuízo mensal de R$ 268 milhões e um corte de 25 mil empregos, é difícil acreditar que o veto à lei orçamentária tenha se limitado a isso.

Na verdade, os motivos para a retomada dessas obras são muito mais amplos, em especial por estarmos a poucos meses das eleições. No entanto, é inadmissível que um governo, para promover sua imagem e facilitar a candidatura de seu pré-candidato (no caso, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff) libere dinheiro para obras com indícios de irregularidades. A decisão de Lula é no mínimo vergonhosa e desmerece o sério trabalho realizado pelo Tribunal de Contas da União.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O polêmico plano

O Plano Nacional de Direitos Humanos do governo Lula ainda vai dá o que falar. Logo quando foi lançado, em 21 de dezembro, recebeu críticas dos comandantes militares por causa da proposta de criação de uma comissão da verdade a fim de apurar as circunstâncias dos crimes ocorridos durante a ditadura. Agora, como já era de se esperar, é a vez da Igreja Católica bater no governo.

O descontentamento dos religiosos se dá em razão de quatro artigos do documento, que propõem ações coordenadas de governo a fim de descriminalizar o aborto, proibir a ostentação de símbolos religiosos em órgãos públicos e permitir a união civil de homossexuais, bem como o direito à adoção.

Bispos, padres e católicos reagiram tão contrariamente ao plano quanto os militares. A defessa de tais artigos chega a ser ofensiva para a Igreja, que condena veementemente a aprovação de tais práticas. O bispo d. José Simão chegou a afirmar que a iniciativa é uma atitude arbitrária e antidemocrática do governo Lula.

A situação não é nada boa e ainda deve gerar muitas discussões. Órgãos como a Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida defendem que o assunto seja colocado em debate a fim de conscientizar a população acerca das medidas do plano.

Vamos ver como Lula irá administrar a questão. Vale lembrar que logo quando as ideias do programa foram lançadas, os comandantes das Forças Armadas colocarem os seus cargos à disposição. Talvez o presidente não tenha se importado muito com isso, mas seus eleitores católicos na certa não esquecerão.