quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Educação de (má)qualidade

Esta semana tivemos duas más notícias na área da educação: uma sobre o aumento do percentual de instituições de ensino superior com nota baixa, e outra sobre o número de desistência dos alunos nas universidades. Dois levantamentos do MEC que deveriam resultar em medidas mais concretas para a solução dos problemas do sistema educacional do país.

Infelizmente o problema não está só na educação básica. Embora ela seja o pontapé inicial para uma formação de qualidade, não adianta uma educação básica boa se o caminho seguinte não for. E vendo os dados apresentados pelo MEC, a situação é preocupante: o percentual de cursos com nota abaixo de 3 (no Índice Geral de Cursos do MEC as notas variam de 1 a 5, sendo 5 a melhor nota) atingiu 32,7%. Em São Paulo, a proporção dos alunos que abandonam a faculdade também aumentou, em 10 anos, de 18% para 27%.


Muita se fala em melhorar a qualidade do ensino brasileiro, mas diante desses números, fica claro que a situação se agrava cada vez mais. O MEC deveria ter uma posição mais rigorosa com relação às instituições de ensino com notas inferiores. Além de descredenciar as faculdades com condições precárias, deveria descredenciar também todas aquelas que apresentam notas abaixo de 3. Seriam muitas, mas ainda assim estaríamos no lucro.

Não adianta o país se vangloriar de ver crescendo o número de jovens que entram no nível superior, através de programas sociais como o Prouni, se esses mesmos jovens não conseguem concluir o curso ou terminam a graduação sem o preparo necessário para assumir a profissão. O que se quer são bons profissionais no mercado. Os números resultantes desse trabalho seria uma consequência.

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